eu que falei "nem pensar"
hoje me arrependo roendo as unhas
frágeis testemunhas de um crime sem perdão
mas eu falei "nem pensar"
coração na mão, como o refrão de um bolero
eu fui sincero como não se pode ser
and after all this time, i'm still into you (paramore combina bem, não? ;)
1_ a música "rodopio", do luiz tatit
2_ teatro
3_ literatura
4_ atuar
5_ escrever
6_ ler poesia de alguém que convive com você
7_ se cobrir com o abraço de alguém que você admira
8_ encontrar alguém por quem você está saudoso
9_ superar a falta, sem perder o afeto
10_ superar
11_ curtir a fossa
12_ sorvete de flocos
13_ sorvete de chocolate com trakinas de morango
14_ cozinhar comidas bonitas e gostosas
15_ aprender uma matéria hiper difícil
16_ realizar um sonho
17_ dançar com amigos
18_ conquistar
19_ confiar
20_ beijos
21_ encontrar alguém com quem você conversou por anos na internet
22_ receber um abraço espontâneo de alguém tímido
23_ panquecas de chocolate
24_ esperança
25_ ouvir caetano
26_ descobrir bandas novas
27_ ouvir boas novas
28_ auto-realização
29_ o barulho do vento nas árvores
30_ chegar em casa depois de um dia cansativo e tomar um banho quente
31_ superação física
32_ ser mais forte do que imaginar
33_ não ter medo de mudar
34_ mudar
35_ gostar de onde vive
36_ amadurecer
37_ se orgulhar de alguém
38_ criar algo
39_ aprender com a pessoa que você menos espera
40_ estar onde menos esperam
41_ não ter vergonha
42_ café quente
43_ cheiro de banho
44_ se apaixonar várias vezes pela mesma pessoa
45_ frio na barriga
46_ procurar pelo sentimento da música "garotos II"
47_ trocar som de grito por música
48_ ouvir composição de pessoas que você admira
49_ receber e-mails gostosos sem estar esperando
50_ o amor
- "Fique bem, please. Paciência — é preciso ter infinita paciência. Olhar meigo para tudo & todos. Humildade, decência, recato & pudor. A um passo da santidade." (trecho do livro "Cartas", do Caio)Daí que uns tempos atrás recebi d'um querido amigo, o Henrique, a indicação de um app pra celular chamado SpringPad. É mais um desses trocentos aplicativos de organização. Como sou boa frutriqueira, fiz o download e tô usando. É bom demais. Dá pra organizar tudo o que eu preciso, deixar na Board o que é mais importante, dar destaque, curtir, colocar foto, música, arquivo e o escambau a quatro. O melhor é que é de graça.Mas aí, cê aí que tá lendo diz: e... dane-se? Que que eu tenho a ver com isso?Pois bem, vim falar hoje d'umas coisas. Dentre estas coisas, organização.Porque assim, não sei se 'cês sabem, mas até pouquíssimo tempo atrás, eu era a pessoa mais desorganizada do mundo. Mudou num segundo quando eu descobri a existência do Vida Organizada e li uns três ou quatro posts. Hoje, infelizmente, não acompanho mais o blog (acho que ficaria muito neurótica rs), mas adaptei toda a minha vida pra um padrão melhor de organização.Aí existem mudanças, tais como trocar o Evernote pelo SpringPad; o atrito familiar pela voz da Maria Rita e a briga pela paciência - daí vem o trecho de Caio.E eu queria contar pra quem me lê, ou só escrever em algum lugar, que tem hora que dá vontade de explodir. Que o saco vai enchendo, a bexiga vai expandindo, a batata vai assando e a impressão que dá é que, hora ou outra, a bagaça toda transborda, explode e queima.Vejam bem, eu sou uma pessoa controlada. Minha cabeça trabalha a doze mil por hora e eu demonstro só 1/18 disso tudo. Isso mesmo. Dezoito avos. E isso dá só uns setecentos por hora, o que é bem pouco.Só que hoje, ontem, essa semana - tá tudo tão estragado.A inscrição da FUVEST pode ser feita a partir de amanhã e eu continuo com a cabeça cheia de dúvidas. Já tenho plena certeza de que não posso fazer algo que eu não goste, porque sou extremamente expressiva e acabaria em depressão no primeiro semestre. Já tenho certeza de que seria inútil tentar cursar algo que não me fizesse criar coisas. É inútil cogitar a possibilidade de escolher a grana ao invés da felicidade: me imagino cantando "me deixa louca, é só beijar tua boca que eu me arrepio, ar-re-pio..." numa casa pequenininha, com os cantos pintados de todas as cores.E tem mais: o terceiro ano ainda não acabou! E existem trabalhos, provas, simulados, atividades: coisas que não me exigem estudo, mas me tomam tempo. E eu odeio perder tempo.Já contei pr'ocês que sinto que tô terminando de perder o 13º ano da minha vida? Não? Pois bem, deix'a tia explicar a teoria conspiratória educacional pr'ocês.'Cês sabem que eu comecei a estudar aos três anos? Pois é, foi coisa assim. Entrei pequetuxa no colégio e desde então não saí mais. Passei do Pré I pra 1ª Série de uma vez, sem os intermédios de jardins, pré 2, 3, 4, 12... Eu era uma menininha espertinha. Entrei na primeira série aos seis anos - um ano a menos do que todo mundo. E tá, aqui estou eu, quase treze anos depois.O que isso me trouxe? Ensinou-me a paciência, a tolerância, a aceitar as diversidades. Ok! Ótimo!Agora, façamos uma análise um pouco mais... crítica.Veja bem, sempre me disseram que precisamos estudar para sermos alguém na vida. Isso nunca me fez sentido, porque, oras, se preciso estudar para ser alguém na vida, por que não posso simplesmente prestar um vestibular para entrar num curso de graduação específica a qualquer momento? Por que preciso terminar os treze anos de ensino infantil, fundamental e médio?É tanto tempo jogado fora! E o que me causa mais indignação é que, ao sair dos treze (frizarei este tempo todo até o fim deste texto) anos de estudo, você não pode exercer profissão alguma. Querem uma graduação. Duas. Três. Uma pós. Um mestrado. Um doutorado. Um phD, quem sabe.Com os treze anos de ensino você pode fazer o que? Ganhar desconto na lanchonete do shopping sendo lojista, quando muito. Comissionado, se tiver sorte.Ah, mas faça-me o favor! Agora, me diga, pra quê toda esta perda de tempo? Isso mesmo, para nos prepararmos para passar no vestibular.Eu me pergunto diariamente quem foi o retardado que decidiu que é preciso fazer UMA prova para entrar em uma universidade de qualidade. Todos os treze anos de Ensino são completamente ignorados e substituídos por uma prova. Se serão substituídos, qual é o propósito dos treze anos? Ter um lugar pra enfiar os adolescentes seis (ou dez, doze...) horas por dia, enquanto os pais trabalham?Abram um grande parque comunitário, oras. Instigue-nos a correr, gritar, pensar, ler.Ah! É! Sociedade pensante evolui. Evolução não é lucrativo. É verdade. Opa.Mimimi, que papo de socialista, comunista, esquerdista!!!Sou nada. Curto comprar. Curto chocolate, nutella, iPhone, McDonald's. Gostaria de trabalhar numa coisa extraordifodalhássa pra eu poder ganhar ultra bem e ser felizona. Mas, xô te contar: nem 'dianta ganhar tão bem assim. Dinheiro muda de mão rapidim. 'Cê vai acabar devendo mais que ganha. Vai por mim ;)E aí a gente chega num outro ponto: dinheiro.Tudo nessa bagaça de Sistema (blame it on the System) leva dinheiro. Cê precisa de dinheiro pra ir num lugar onde não se gasta dinheiro. Cê tem que ter grana pra sair de casa e ir até um lugar onde cê vá gastar pouco dinheiro. Cê tem que ter grana pra encontrar com os amigos, o que é de graça. Cê tem que ter grana pra tomar um chopp no fim de um dia cansativo. Custa pouco, mas custa.E pra ganhar a grana, volto lá n'uns parágrafos acima, pra ganhar a grana cê tem que passar os treze anos na escola, mais uns cinco numa faculdade, uns dois numa pós e tô sendo boazinha e tô contando com o fato de 'cê ter passado direto numa faculdade pública: caso contrário, pó' enfiar aí no meio da conta uns aninhos de cursinho + trabalho e muuuita frustração, ou um trabalho com muita hora extra e perrengue pra bancar uma universidade particular.'Cê deve estar pensando: "que exagero!, não é bem assim..." É, talvez não seja pra todo mundo. Conheço gente que trabalha seis horas por dia, sentado, no telefone e ganha mais de quinze mil reais por mês - mais do que o salário médio da graduação que pretendo fazer. Mas também conheço gente pós-graduada que tá ganhando menos de um barão pra trabalhar o dia todo. É tudo muito relativo.E cada vez mais acredito que a vida é um jogo de poucas escolhas: ou você vai pra cima, ou vão pra cima de você.S'ás quando parece que tá tudo errado ao teu redor? É bem assim que tá.E aí eu enfio música no ouvido (paguei pelo aparelho reprodutor de MP3, paguei pelos fones e paguei pelas jaqueta, onde coloco o iPod. Paguei pra arrumar o cabelo, que esconde os fones quando tô dentro do ônibus, que também pago pra entrar) e fico feliz com o que não me custa mais nada do que já custou.E tento não ser tão pessimista.Mas quando tá tudo f@did@ e ao contrário, xô te contar: é difícil, ein. Só tento não culpar ninguém.Porque o Caio disse, a Clarissa disse e eu repito sempre: a vida tá difícil, sim, mas isso não é problema e nem culpa de ninguém.Ai, ai. Ficou tudo sem sentido. Vou jogar uma Maria Rita aqui no fim, assim, só pra lembrar que isso não custa mais nada e é bom à beça.Falou!
Combinei que ia ser bem aberta e sincera com esse blog, né? Então aqui vai.
Recebi a indicação de assistir o filme "L'écume des jours" (A espuma dos dias, em Português) e fui assistir ao trailer. Vejam-no abaixo.
E aí, abri a coluna da Eliane Brum, procurando por algo sólido, político e social para me distrair das loucuras desse trailer (que me deixaram alucinada, diga-se de passagem) e encontrei esta postagem.
Acho que está claro que estou escrevendo este post minutos antes de assistir ao filme, certo?
Pois bem, aqui vou eu.
Volto pra contar sobre as flores de lótus no meu pulmão assim que conseguir.
♥
Recebi a indicação de assistir o filme "L'écume des jours" (A espuma dos dias, em Português) e fui assistir ao trailer. Vejam-no abaixo.
E aí, abri a coluna da Eliane Brum, procurando por algo sólido, político e social para me distrair das loucuras desse trailer (que me deixaram alucinada, diga-se de passagem) e encontrei esta postagem.
Acho que está claro que estou escrevendo este post minutos antes de assistir ao filme, certo?
Pois bem, aqui vou eu.
Volto pra contar sobre as flores de lótus no meu pulmão assim que conseguir.
♥
Hoje mais cedo, depois do almoço, de ter lavado a louça e limpado a cozinha, coloquei os panos da pia dentro do tanque para lavá-los no final de semana.
Subi, tirei minha soneca usual, estudei, fiz as sobrancelhas, coloquei a roupa para lavar e voltei pro computador, onde precisava enviar alguns e-mails e atualizar algumas coisas.
Quarenta minutos depois disso, escutei um barulho de água caindo (em grande quantidade) e fui até a lavanderia num pulo ver o que tinha acontecido. Das duas uma: se a máquina não explodiu, tá vazando.
Acontece que esta que vos fala é uma anta e não tirou os paninhos de dentro do tanque antes de colocar a mangueira de água da máquina lá dentro, o que resultou na linda e magnífica situação de ÁGUA POR TODOS OS CANTOS.
Desde que me conheço por gente peço encarecidamente pro mundo ser menos reclamão, aprender a aceitar os próprios erros e, ao invés de incriminar a todos, apenas aceitá-los e remendá-los na medida do possível.
Quando enxerguei aquela água toda por toda a minha lavanderia, entrei em colapso nervoso. Não sabia o que fazer. Tinha água nos baldes que estavam no chão, pegando os panos, o aparador de porta, as plantas nadavam e tudo o que pesava menos de 5kg estava boiando.
Parei por dois segundos e, mesmo que eu quisesse - muito - gritar de desespero, respirei fundo. E pensei: desligar a máquina, tirar os panos, tirar as plantas e coisas que boiam, escorrer a água pro ralo e secar com um pano.
E fiz. Em menos de dez minutos tudo estava seco, lindo, pronto e tão limpo quanto não estava há muito tempo...
A questão é: reclamo de gente que grita, põe a culpa nos outros, não assume as responsabilidades e sequer tenta consertar os erros o tempo todo, mas se eu não tivesse parado pra pensar, teria feito o mesmo.
E a toa! Porque aqui estou eu, há menos de 5 minutos do acontecido, com os dois braços, pernas, nariz (um só) e TUDO OK! Não arrancou pedaço, não custou nada, nem sequer deu falta de ar. E mesmo assim, tive vontade de berrar e culpar o universo.
O fato d'eu ter pensado e agido calmamente de uma forma viável e prática faz de mim o que? Relapsa, quando não pensar? Cética, porque pensei?
E aí pensei sobre todas as outras coisas que julgo importante nos outros e, por isso, aplico em mim: educação, gratidão, alegria, uma pitadinha de sentimentalismo, simpatia, empatia, auto-estima e, sobretudo, amor.
Por fim, agradeci. Agradeci a Deus, porque sou o que quero que as pessoas sejam pra mim. Agradeci, porque tenho noção de que não sou perfeita e em muitos momentos ajo por impulso, não penso e acabo fazendo meleca e culpando o mundo por problemas que são exclusivamente meus. Veja bem: quem colocou os paninhos pra lavar?
E mesmo quando não falo de paninhos, mesmo quando falo com alguém num tom errado ou esqueço de fazer alguma coisa importante. Os erros que você comete são de sua responsabilidade sempre.
O direito de errar pertence ao ser humano, mas os deveres de se redimir, arrepender, de tentar melhorar também o pertencem. E que bom! Que bom que pude perceber que sou uma babaquinha qualquer que, se não parar pra pensar, age como quem odeia.
Um dia bom pra entender aquela música do Raul Seixas, que diz: "É você olhar no espelho, se sentir um grandessíssimo idiota. Saber que é humano, ridículo, limitado que só usa dez por cento de sua cabeça animal... E você ainda acredita que é um doutor, padre ou policial; que está contribuindo com sua parte para o nosso belo quadro social."
É, acho que tá bom!
:-)
Contudo, sigo assim: humana babaca, mas sempre em evolução.
Subi, tirei minha soneca usual, estudei, fiz as sobrancelhas, coloquei a roupa para lavar e voltei pro computador, onde precisava enviar alguns e-mails e atualizar algumas coisas.
Quarenta minutos depois disso, escutei um barulho de água caindo (em grande quantidade) e fui até a lavanderia num pulo ver o que tinha acontecido. Das duas uma: se a máquina não explodiu, tá vazando.
Acontece que esta que vos fala é uma anta e não tirou os paninhos de dentro do tanque antes de colocar a mangueira de água da máquina lá dentro, o que resultou na linda e magnífica situação de ÁGUA POR TODOS OS CANTOS.
Desde que me conheço por gente peço encarecidamente pro mundo ser menos reclamão, aprender a aceitar os próprios erros e, ao invés de incriminar a todos, apenas aceitá-los e remendá-los na medida do possível.
Quando enxerguei aquela água toda por toda a minha lavanderia, entrei em colapso nervoso. Não sabia o que fazer. Tinha água nos baldes que estavam no chão, pegando os panos, o aparador de porta, as plantas nadavam e tudo o que pesava menos de 5kg estava boiando.
Parei por dois segundos e, mesmo que eu quisesse - muito - gritar de desespero, respirei fundo. E pensei: desligar a máquina, tirar os panos, tirar as plantas e coisas que boiam, escorrer a água pro ralo e secar com um pano.
E fiz. Em menos de dez minutos tudo estava seco, lindo, pronto e tão limpo quanto não estava há muito tempo...
A questão é: reclamo de gente que grita, põe a culpa nos outros, não assume as responsabilidades e sequer tenta consertar os erros o tempo todo, mas se eu não tivesse parado pra pensar, teria feito o mesmo.
E a toa! Porque aqui estou eu, há menos de 5 minutos do acontecido, com os dois braços, pernas, nariz (um só) e TUDO OK! Não arrancou pedaço, não custou nada, nem sequer deu falta de ar. E mesmo assim, tive vontade de berrar e culpar o universo.
O fato d'eu ter pensado e agido calmamente de uma forma viável e prática faz de mim o que? Relapsa, quando não pensar? Cética, porque pensei?
E aí pensei sobre todas as outras coisas que julgo importante nos outros e, por isso, aplico em mim: educação, gratidão, alegria, uma pitadinha de sentimentalismo, simpatia, empatia, auto-estima e, sobretudo, amor.
Por fim, agradeci. Agradeci a Deus, porque sou o que quero que as pessoas sejam pra mim. Agradeci, porque tenho noção de que não sou perfeita e em muitos momentos ajo por impulso, não penso e acabo fazendo meleca e culpando o mundo por problemas que são exclusivamente meus. Veja bem: quem colocou os paninhos pra lavar?
E mesmo quando não falo de paninhos, mesmo quando falo com alguém num tom errado ou esqueço de fazer alguma coisa importante. Os erros que você comete são de sua responsabilidade sempre.
O direito de errar pertence ao ser humano, mas os deveres de se redimir, arrepender, de tentar melhorar também o pertencem. E que bom! Que bom que pude perceber que sou uma babaquinha qualquer que, se não parar pra pensar, age como quem odeia.
Um dia bom pra entender aquela música do Raul Seixas, que diz: "É você olhar no espelho, se sentir um grandessíssimo idiota. Saber que é humano, ridículo, limitado que só usa dez por cento de sua cabeça animal... E você ainda acredita que é um doutor, padre ou policial; que está contribuindo com sua parte para o nosso belo quadro social."
É, acho que tá bom!
:-)
Contudo, sigo assim: humana babaca, mas sempre em evolução.