fluxo

6:57 PM

Ixi, sei lá. Começo com a dúvida só pra avisar: sei lá!

Não sei de muita coisa, sabe como é? Entendo de algumas coisas de literatura brasileira, porque gosto. Entendo de guerras, porque gosto. Entendo do que gosto e, se me perguntar sobre o que não gosto, me perco. A gente [ou eu, sei lá] tem essa coisa de se perder no desagrado. Mas tô meio Amarante, mesmo: gosto do gasto, do estrago. Do gasto e do estrago interior - nada mais.

A gente acredita no que quer, né? Fala sério... A cabeça deixa todo mundo doidão. No que você acredita? No que você vê ou no que é real pra você?

Dor de cabeça.

Dor nos pés, dor nas escápulas. Ombros tensos. Gosto de café sem açúcar na boca.

Amarga, eu? Não.

Cansada, apenas.

Nas lembranças, um alguém tão especial: aquele que me vem à cabeça na hora de uma decisão.
"Você não precisa ter certeza de tudo sempre, Gi". É engraçado como uma frase tão aparentemente óbvia possa me dar um alívio tão grande. Talvez por ter vindo em um momento de diversas aflições, por ter vindo na hora certa, de alguém em quem eu passei a confiar. Talvez pelo abraço que a acompanhou.
Por hora, devo dizer que existem pessoas que são verdadeiramente especiais. Que tem em seu rosto a paz e, nos braços, a maior porção de segurança que um ser humano é capaz de proporcionar a outro.
Falta mais pessoas no mundo como este mocinho em especial.

Faz três anos que o conheço e, mesmo assim, sinto como se o conhecesse por uma vida inteira. Sobretudo, em momentos extremos. Felicidade demais, tristeza demais. A confiança que tenho nele também é extrema: é demais.

Que vontade de abraçar apertado e agradecê-lo um bilhão de vezes só por existir. Deus, se tem wi-fi aí em cima, anota pra listas de coisas ótimas que você fez: pessoas em quem confiar, se apoiar, rir e chorar com.

E, por fim, aqui vai um trecho do Hermann Hesse que explica o porquê dos meus blogs, loucuras, fluxos de consciência sem fim, declarações inexoráveis, sentimentos de perda explícitos e coisa e tal e tal e coisa:

"Talvez seja a luz muito clara desses momentos que faz parecer tudo tão escuro, talvez a libertadora e maravilhosa leveza desses momentos faça sentir o resto da vida tão pesada, pegajosa e opressiva. Não sei, não aprofundei muito o pensamento e a tirada filosófica. Mas sei que se há bem-aventurança e um paraíso tem de ser uma duração incólume de tais momentos, e se se pode obter esta felicidade pela dor e pela sublimação na dor, não há nenhuma dor que justifique a fuga." (Trecho de "Não há dor que justifique a fuga", de Hermann Hesse)

Por hoje é só.

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