Tem dias que não dá pra entender o que se passa. Na minha cabeça, na dos outros. Na cabeça de quem tanto fala, mas não acrescenta. Que é tão cheio de vazio, tão cheio da falta de conteúdo que me confunde. Não sei se é só falta de informação ou se é, também, falta de saber o que fazer com tal informação. Sabe-se lá. Sei lá.
Essa gente me dá preguiça, sabe? Gosto é de quem vai, faz, acontece. Não sirvo pra quem é mole e cai em qualquer uma. Sou da trupe de quem cai e, quando não dá pra levantar, segue se arrastando, mas indo sempre em frente. Ouvi uma vez que "é claro que os problemas da vida vão me desanimar, mas enquando eu tiver pernas, continuarei andando e foda-se!". Não houve verdade maior a ser dita.
Uma dica minha? Não se entrega. à dor, ao pavor, à angústia. Se entrega pra felicidade, amor, abraços, leveza. Pro resto, dá a língua e uma bica. E mais: sorri! :)
te odeio. odeio, porque você me vomita. porque tudo o que eu escondo de mim você jogou pra fora numas palavrinhas chulas e escrotas como "amor, perdão, facilidade, felicidade, vontade". coisa boba. que eu falo mesmo, mas nunca explico, não expresso. palavrinhas que não passam de palavras e parece que você fez questão de dar significado pra cada uma delas. aí você deu significado pra mim e te odeio tanto. odeio tanto que dói e amargura, odeio tudo o que você fez e o que escreveu. odeio como mexe e como sinto que sou exatamente o que você escreve. essa balbúrdia e essa luta diária - tão diária quanto um copo de café - de permanecer vivo e feliz e só. e pra que mais, e o que mais? por que não, sim?
mas aí eu não consigo ficar sem ler quem você foi, porque você era tão bom e tenho vontade de me matar e ver se esse negócio de espaço-tempo é real mesmo, só pra saber se tem alguma chance de eu te conhecer e entender por que raios você foi assim e O QUE te fez ser assim e o que era você, porque CARA como pode, não pode, não é, não foi e fim. e chulamente repito: CARA, COMO?! não dá pra entender, não engulo e não absorvo suas palavras, deixo-as no ar e na mente: tento, no mínimo, não enlouquecer. não enlouquecer de doideira, mas enlouquecer de fraqueza que me dá a tamanha grandeza que você tem só por ter sido assim, desse jeitinho.
só que aí te amo. amo suas histórias, seus medos, suas fraquezas, suas recaídas, sua cara de pau e seu jeito escroto de ser tão amável. o pra sempre teu que cobra convites e o eternamente dela que transa com uma mulher e considera recaída. que sofre por ana e pede ana e suplica por ana como quem suplica pela volta do calor que fazia do café um café ainda bom [a única coisa boa que se restava] e não mais algo que já teve temperatura e é só mais um item requentado e sem graça da vida de quem perdeu um amor.
e, no fim, não te conheço.
e o dia não termina, mas quando percebo já é terça-feira e, céus!, quem roubou o final de semana? o sábado, pra onde foi? ninguém nunca dorme, ninguém nunca descansa, tem sempre alguém com a luz apagada sofrendo na maior clareza. coisa louca essa de viver.
mas aí eu não consigo ficar sem ler quem você foi, porque você era tão bom e tenho vontade de me matar e ver se esse negócio de espaço-tempo é real mesmo, só pra saber se tem alguma chance de eu te conhecer e entender por que raios você foi assim e O QUE te fez ser assim e o que era você, porque CARA como pode, não pode, não é, não foi e fim. e chulamente repito: CARA, COMO?! não dá pra entender, não engulo e não absorvo suas palavras, deixo-as no ar e na mente: tento, no mínimo, não enlouquecer. não enlouquecer de doideira, mas enlouquecer de fraqueza que me dá a tamanha grandeza que você tem só por ter sido assim, desse jeitinho.
só que aí te amo. amo suas histórias, seus medos, suas fraquezas, suas recaídas, sua cara de pau e seu jeito escroto de ser tão amável. o pra sempre teu que cobra convites e o eternamente dela que transa com uma mulher e considera recaída. que sofre por ana e pede ana e suplica por ana como quem suplica pela volta do calor que fazia do café um café ainda bom [a única coisa boa que se restava] e não mais algo que já teve temperatura e é só mais um item requentado e sem graça da vida de quem perdeu um amor.
e, no fim, não te conheço.
e o dia não termina, mas quando percebo já é terça-feira e, céus!, quem roubou o final de semana? o sábado, pra onde foi? ninguém nunca dorme, ninguém nunca descansa, tem sempre alguém com a luz apagada sofrendo na maior clareza. coisa louca essa de viver.
e nem é culpa de ninguém. é que eu tenho muita coisa pra ser aceita. não dá pra esperar que qualquer um ou só ALGUÉM aceite tudo assim de mão beijada. acho que a vida ainda vai me dar uns bons tapas pra eu entender que não é assim que a banda toca. e eu com certeza ainda vou birrar muito. "não é assim, vida. pô, de música eu entendo". e aí a vida vai dizer que eu não entendo p)@(¨$#% nenhuma e que eu tenho mais é que calar a boca e escutar. mas sei lá, não sei bem o que ela vai ensinar. e olha que eu costumo pesquisar.
as pessoas costumam dizer que eu sei tudo. quem diz isso não me conhece. quem me conhece sabe que eu não sei de quase nada. eu sei fazer contas de matemática e algumas coisas sobre divisão celular e história. big deal. nada disso me faz mais legal ou menos solitária. não que eu procure ser legal, nem que eu procure alguém que me faça sentir menos solitária. de quando em quando aparece alguém pra me divertir e imitar um agente do 007 com uma máquina de 13 mil reais. tanto faz o preço, gosto da imitação. adoro rir dessas coisas, faz com que eu me sinta menos solitária. a solidão é quase uma escolha. é o excesso de pessoas. o excesso de BARULHO e a falta de som.
é estranho como a gente nem se toca das coisas que acontecem ao nosso redor. você já parou pra pensar como vão as pessoas que trabalham com você? se elas estão felizes com o que fazem? se, ao chegar em casa, elas deitam na cama depois de um banho e agradecem por mais um dia?
eu me pergunto isso o tempo todo. tenho vontade de invadir a vida das pessoas e analisá-las uma a uma, para ver até onde vai a curiosidade humana - e a giovannística também, por favor.
a gente causa demais. fala demais, grita demais, ri demais.
sei lá, tá tudo em excesso.
e sei lá, eu tô meio fugindo dos excessos. sempre me disseram que a gente encontra quem completa a gente em um lugar cheio de gente. por isso acho que eu talvez nunca dê certo com ninguém. porque os dispostos se distraem, eu sei. mas e se a distração for boa? e a gente perder a hora? daí tudo bem, né? porque daí os dispostos são iguais e os opostos já se atraíram. é uma boa forma de ver as coisas, não?
talvez eu possa, um dia, dar certo com um disposto - quem sabe à quê?
as pessoas costumam dizer que eu sei tudo. quem diz isso não me conhece. quem me conhece sabe que eu não sei de quase nada. eu sei fazer contas de matemática e algumas coisas sobre divisão celular e história. big deal. nada disso me faz mais legal ou menos solitária. não que eu procure ser legal, nem que eu procure alguém que me faça sentir menos solitária. de quando em quando aparece alguém pra me divertir e imitar um agente do 007 com uma máquina de 13 mil reais. tanto faz o preço, gosto da imitação. adoro rir dessas coisas, faz com que eu me sinta menos solitária. a solidão é quase uma escolha. é o excesso de pessoas. o excesso de BARULHO e a falta de som.
é estranho como a gente nem se toca das coisas que acontecem ao nosso redor. você já parou pra pensar como vão as pessoas que trabalham com você? se elas estão felizes com o que fazem? se, ao chegar em casa, elas deitam na cama depois de um banho e agradecem por mais um dia?
eu me pergunto isso o tempo todo. tenho vontade de invadir a vida das pessoas e analisá-las uma a uma, para ver até onde vai a curiosidade humana - e a giovannística também, por favor.
a gente causa demais. fala demais, grita demais, ri demais.
sei lá, tá tudo em excesso.
e sei lá, eu tô meio fugindo dos excessos. sempre me disseram que a gente encontra quem completa a gente em um lugar cheio de gente. por isso acho que eu talvez nunca dê certo com ninguém. porque os dispostos se distraem, eu sei. mas e se a distração for boa? e a gente perder a hora? daí tudo bem, né? porque daí os dispostos são iguais e os opostos já se atraíram. é uma boa forma de ver as coisas, não?
talvez eu possa, um dia, dar certo com um disposto - quem sabe à quê?
Eu tenho medo de ficar sozinha. De excesso de barulho, de portas que batem sozinhas e de desistência. Tenho medo de ninguém me convencer a ser diferente e tenho medo de que as pessoas se acostumem com meu jeito. Medo de arriscar, sugerir, conferir, contar. Medo de não ser. Algo, alguém. Importante, desimportante. Alguém. Medo, ou receio, de não me conhecer. Medo de ouvir não. Medo de ouvir sim. Medo de ouvir. Medo de falar.
Fico feliz quando ouço música boa tocada por alguém que eu gosto. Quando consigo terminar todas as minhas tarefas no final do dia e ter tempo pra dormir. Quando termino as tarefas e fim. Quando ouço algo que me dá vontade de dançar. Quando o dia fica claro. Se dá pra ver que o romance é real e não é idiotice, fico feliz. De ver coisas coloridas. De encontrar gente sorridente. De ouvir histórias sobre cachorros enormes cujas donas dizem "ele é tão mansinho...". A felicidade me transborda quando sou capaz de escrever.
São muitas coisas sobre mim? Talvez sejam, não sei. Essas coisas, porém, não são importantes. Sim, é claro que elas compõem boa parte do meu "eu" e isso não é algo perene. Enfim. Acho que mais importante seria dizer o que me inspira pra escrever. O que me lembra quando o dia tá claro - razão pela qual fico feliz. Tenho mania de me perder nas consequências e esqueço das razões, sempre tão importantes. Nietzsche diz, em O Crepúsculo dos Ídolos, que erramos cotidianamente ao confundirmos razão, consequência e causa. Confundo muito, Nietzsche. Muito. Às vezes me dou por vencida e digo "tá, foi isso que deu", quando isso, (consequência) é, na verdade, razão. A razão, minha desistência, resultou em algo, causado por alguma outra coisa. Mas nunca penso nisso e acabo fazendo merda. Esquecendo que as coisas acontecem por uma razão e são causadas por alguma outra coisa. Ambos geram consequências.
É tão complicado pensar desse jeito. Gosto mais de não pensar. Nietzsche também diz, nesse mesmo livro, que "só permanece em paz aquele cuja alma não anseia pela paz". Posso e devo concordar.
Li, certa vez, que Cabeça cheia / cria nó, / mas / não cria pó. Indeed!
Só ainda não decidi qual seria melhor. Uma cabeça vazia, mas com paz e felicidade? Uma cabeça cheia, porém inquieta e possivelmente depreciativa?
Não sei até onde eu iria pelo conhecimento. Tristeza domina e afugenta. Diminui.
A indecisão apavora e me mete numa gaveta de calcinhas. Sabe, aquela gaveta que quase ninguém vê, mas você sabe que precisa abri-la sempre? Pois bem. A indecisão me mete bem ali, no fundo de todo o meu pessoal, no que está por detrás da calça jeans e da saia até o pé. A dúvida esquece do azul-vermelho que combina e me coloca numa calcinha cor-de-rosa e diz: e aí? Essa é você. O pessoal. Aqui é teu mundo. Se vira. Se descobre. Se entende.
A dúvida é cruel.
Mas, ainda pior que a dúvida, é a razão. Essa que diz: sabe aquela tua dúvida? Pois bem, nos livramos dela. E essa é você. Imutável. Está feliz? Sim? Não? Não importa. É assim. E é porque é assim que tem que ser e tem que ser assim, porque você escolheu ser.
E sei lá, daí pra frente você se vira. Você se adapta à razão que pode, por vezes, te cegar e te prender num quadradinho limitado; ou se mete de novo numa gaveta de calcinhas e tenta separar tudo no que é razão, no que é consequência, no que é causa. No que isso te transforma, no que isso te faz, no que isso te fez. No que isso é.
Acho que mais um dos meus medos é esse: Medo de um dia ter certeza. Parar de duvidar e começar a afirmar. Vai ficar tudo tão quadradinho e separado por cor que vou me perder.
Até lá, vou aqui tentando me ajustar às certezas e organizar as dúvidas. Quem sabe não exista um meio termo.
Fico feliz quando ouço música boa tocada por alguém que eu gosto. Quando consigo terminar todas as minhas tarefas no final do dia e ter tempo pra dormir. Quando termino as tarefas e fim. Quando ouço algo que me dá vontade de dançar. Quando o dia fica claro. Se dá pra ver que o romance é real e não é idiotice, fico feliz. De ver coisas coloridas. De encontrar gente sorridente. De ouvir histórias sobre cachorros enormes cujas donas dizem "ele é tão mansinho...". A felicidade me transborda quando sou capaz de escrever.
São muitas coisas sobre mim? Talvez sejam, não sei. Essas coisas, porém, não são importantes. Sim, é claro que elas compõem boa parte do meu "eu" e isso não é algo perene. Enfim. Acho que mais importante seria dizer o que me inspira pra escrever. O que me lembra quando o dia tá claro - razão pela qual fico feliz. Tenho mania de me perder nas consequências e esqueço das razões, sempre tão importantes. Nietzsche diz, em O Crepúsculo dos Ídolos, que erramos cotidianamente ao confundirmos razão, consequência e causa. Confundo muito, Nietzsche. Muito. Às vezes me dou por vencida e digo "tá, foi isso que deu", quando isso, (consequência) é, na verdade, razão. A razão, minha desistência, resultou em algo, causado por alguma outra coisa. Mas nunca penso nisso e acabo fazendo merda. Esquecendo que as coisas acontecem por uma razão e são causadas por alguma outra coisa. Ambos geram consequências.
É tão complicado pensar desse jeito. Gosto mais de não pensar. Nietzsche também diz, nesse mesmo livro, que "só permanece em paz aquele cuja alma não anseia pela paz". Posso e devo concordar.
Li, certa vez, que Cabeça cheia / cria nó, / mas / não cria pó. Indeed!
Só ainda não decidi qual seria melhor. Uma cabeça vazia, mas com paz e felicidade? Uma cabeça cheia, porém inquieta e possivelmente depreciativa?
Não sei até onde eu iria pelo conhecimento. Tristeza domina e afugenta. Diminui.
A indecisão apavora e me mete numa gaveta de calcinhas. Sabe, aquela gaveta que quase ninguém vê, mas você sabe que precisa abri-la sempre? Pois bem. A indecisão me mete bem ali, no fundo de todo o meu pessoal, no que está por detrás da calça jeans e da saia até o pé. A dúvida esquece do azul-vermelho que combina e me coloca numa calcinha cor-de-rosa e diz: e aí? Essa é você. O pessoal. Aqui é teu mundo. Se vira. Se descobre. Se entende.
A dúvida é cruel.
Mas, ainda pior que a dúvida, é a razão. Essa que diz: sabe aquela tua dúvida? Pois bem, nos livramos dela. E essa é você. Imutável. Está feliz? Sim? Não? Não importa. É assim. E é porque é assim que tem que ser e tem que ser assim, porque você escolheu ser.
E sei lá, daí pra frente você se vira. Você se adapta à razão que pode, por vezes, te cegar e te prender num quadradinho limitado; ou se mete de novo numa gaveta de calcinhas e tenta separar tudo no que é razão, no que é consequência, no que é causa. No que isso te transforma, no que isso te faz, no que isso te fez. No que isso é.
Acho que mais um dos meus medos é esse: Medo de um dia ter certeza. Parar de duvidar e começar a afirmar. Vai ficar tudo tão quadradinho e separado por cor que vou me perder.
Até lá, vou aqui tentando me ajustar às certezas e organizar as dúvidas. Quem sabe não exista um meio termo.
Acho que a gente tá na idade. Sabe? Dessa chatice toda, de ficar de bico por bobagem, de ouvir banda mel na cueca e de achar que sabe todas as respostas. E juro que adolescente assim não me preocupa. Me preocupa adolescente com bom gosto. Me preocupa adolescente que sabe o que quer da vida e que lê, ouve e fala coisa boa.
Porque ninguém aprende a ser bom assim de graça... quem ensina que "você faz com que eu me sinta lalalalalalala" não é poesia, não é amorzinho de adolescente.
É surra que a mãe Vida da na gente.
E sei la, tá na idade de ser bobão mesmo. Hora ou outra cresce. Hora ou outra aprende.
Só é ruim quando aprende tão cedo que perde o tesão pela vida.
Acho importante a gente ter tesão pelas coisas. Não necessariamente falando de libido. Digo tesão, aquele TCHÃN que da quando cê gosta demais de algo. Que inspira, anima, objetiva a gente pra algo legal...
Quando perde isso cedo demais, acaba ficando meio chata. A vida fica meio babaca... perde a graça.
Qual o fundamento? Tem objetivo?
Sei lá.
Sei não.
Só sei que queria nem ligar pra isso...
Daria os rins pra não ligar pras coisas que eu ligo. E meu baço pra adiar por uns 5 anos a noção que eu tenho das coisas.
Ia me evitar muita coisa...
Pena que as coisas acontecem por alguma razão que vai ensinar algo depois... E ainda bem que eu gosto de aprender.
Porque ninguém aprende a ser bom assim de graça... quem ensina que "você faz com que eu me sinta lalalalalalala" não é poesia, não é amorzinho de adolescente.
É surra que a mãe Vida da na gente.
E sei la, tá na idade de ser bobão mesmo. Hora ou outra cresce. Hora ou outra aprende.
Só é ruim quando aprende tão cedo que perde o tesão pela vida.
Acho importante a gente ter tesão pelas coisas. Não necessariamente falando de libido. Digo tesão, aquele TCHÃN que da quando cê gosta demais de algo. Que inspira, anima, objetiva a gente pra algo legal...
Quando perde isso cedo demais, acaba ficando meio chata. A vida fica meio babaca... perde a graça.
Qual o fundamento? Tem objetivo?
Sei lá.
Sei não.
Só sei que queria nem ligar pra isso...
Daria os rins pra não ligar pras coisas que eu ligo. E meu baço pra adiar por uns 5 anos a noção que eu tenho das coisas.
Ia me evitar muita coisa...
Pena que as coisas acontecem por alguma razão que vai ensinar algo depois... E ainda bem que eu gosto de aprender.
Eu continuo falando pra mim mesma que tá tudo bem ser assim, mas eu sei. Eu sou bem babaca. Eu devia ir lá e dizer. Vomitar tudo. Parar de esconder o que é bom pra mim. Talvez o que é bom pra mim possa se tornar bom pra gente. Quem sabe? Vai lá, Eu.
Você devia ir antes que não haja mais chance. E vou te falar, ein? Elas nunca foram muito grandes. Mas tá tudo bem ser fracote de vez em quando, não tá?
Sei lá. Só sei que essa coisa de guardar tudo pra mim tá me enlouquecendo. E até engordando. É sério. Brinca não. Desilusão engorda.
Então se joga, Eu. Confessa logo que ele é tudo o que você sempre quis e nunca teve coragem de pedir. Você sabe que tem tesão por confissões. Vai lá. Sua hora de confessar algo. Vai. É sua.
Escrevi isso em papel. Deus, como sinto falta de papel. Papel, caneta, silêncio, Eu. Dessa vez, só papel e caneta. Faltou o Eu, faltou o silêncio. Uma coisa de cada vez. Vai que volta, né?
Você devia ir antes que não haja mais chance. E vou te falar, ein? Elas nunca foram muito grandes. Mas tá tudo bem ser fracote de vez em quando, não tá?
Sei lá. Só sei que essa coisa de guardar tudo pra mim tá me enlouquecendo. E até engordando. É sério. Brinca não. Desilusão engorda.
Então se joga, Eu. Confessa logo que ele é tudo o que você sempre quis e nunca teve coragem de pedir. Você sabe que tem tesão por confissões. Vai lá. Sua hora de confessar algo. Vai. É sua.
Escrevi isso em papel. Deus, como sinto falta de papel. Papel, caneta, silêncio, Eu. Dessa vez, só papel e caneta. Faltou o Eu, faltou o silêncio. Uma coisa de cada vez. Vai que volta, né?
Não, não é que eu esteja sempre de mau humor. Não é isso. Eu sou feliz. Eu me animo fácil. Eu adoro o sol, adoro como se põe ou nasce. Adoro a cor do mar e adoro os pássaros voando. Acho que as coisas da natureza funcionam em perfeita sintonia e isso me deixa feliz como nada mais. É só que eu tenho me acostumado com essa beleza tão rápido que fico sensível a qualquer coisa. Esse mundo dá pra gente muita coisa ruim. A sensibilidade absorve coisas ruins. Me torno alguém sensível. E pessoas sensíveis são como bolhas: lindas, bonitas de se observar. Voam sozinhas por aí. Coloridas, até. Experimente tocá-las.
Então, como Criminal Minds tava me cagando as ideias e me deixando um pouco paranóica [a ponto de não conseguir dormir achando que um serial killer que matava só pessoas do segundo andar da casa que estivessem dormindo durante a noite], mudei de série. Agora tô vendo uma mais light. 90210. Se você não sabe e nunca ouviu falar, existem duas edições da 90210: a antiga, com a família Walsh, que tem uma definição péssima e umas intrigas bobinhas; e a versão dos anos 2000 que é tipo Gossip Girl, um pouco menos estúpido e... Pretty Little Liars. Hahahaha.
Enfim.
Tem essa menina, a Naomi, em 90210. Ela é tipo a Blair. A versão feia da Blair. E loira. E escrota, também. Porque a Blair, apesar de escrota, tem sentimentos. Essa Naomi tem só dinheiro.
Deve ser uma merda ter só dinheiro. Porque, geralmente, quando você tem dinheiro, você convive com pessoas que tem dinheiro e daí você é só mais um idiota com dinheiro no meio de um monte de idiotas com dinheiro. Yupi! E eu sei que eu só digo isso porque eu não tenho tanto dinheiro. Mas... screw it.
Eu não ligo pra grana. Não ligo mesmo. Uso meu salário pra comprar os livros que eu gosto e os pães de mel que tanto me engordam e é isso aí.
Gosto muito de ter dinheiro pra comprar tudo o que eu quero, gosto mesmo. Mas vivo bem com meu salariozinho medíocre, obrigada por perguntar. Não acho que precisemos de algo mais.
E essas menininhas de 90210 se preocupam tanto com isso que fico imaginando: tudo isso tem a ver com o meio. O meio onde você tá sempre vai te influenciar, independentemente de quão forte e fixado é teu caráter.
E eu fui influenciada por alguém incrível por alguns anos. Incrível.
E aí ele sumiu, não tá mais aqui pra me influenciar. E parece que a gente fica meio sem rumo. O meio mudou. Mudou pra mim. Porque o meio em si sempre esteve lá.
Eu só nunca me importei.
Agora tenho que me importar.
Porque, apesar de há quase um ano estar sem saber o que fazer, tenho feito muito. Tô há quase um ano sem saber como viver, mas vivendo. Levando. Encarando. Sem saber pra onde ir, mas seguindo sempre em frente.
E morrendo de medo de virar uma Alice, sem o país das maravilhas. Que quer sair, mas não sabe pra onde vai depois disso. Pra quem não sabe pra onde vai, qualquer caminho é caminho.
E eu sempre soube pra onde ir. E ando meio perdida, sem rumo.
Isso é horrível.
Quem foi que disse que ostra feliz não faz pérola?
Eu, quando feliz, faço muito mais pérola do que quando triste. Eu triste me isolo. Meu meio vira eu. E quando eu me perco no meu meio isso vira um problema.
Porque eu me perco em mim e URGH, I'm a mess. Só escrevo bobagens, meus rabiscos são cruéis.
Caio diria: "E ler, ler é alimento de quem escreve. Várias vezes você me disse que não conseguia mais ler. Que não gostava mais de ler. Se não gostar de ler, como vai gostar de escrever? Ou escreva então para destruir o texto, mas alimente-se. Fartamente. Depois vomite. Pra mim, e isso pode ser muito pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta. E eu acho — e posso estar enganado — que é isso que você não tá conseguindo fazer. Como é que é? Vai ficar com essa náusea seca a vida toda? E não fique esperando que alguém faça isso por você. Ocê sabe, na hora do porre brabo, não há nenhum dedo alheio disposto a entrar na garganta da gente."
Isso é tudo. Boa noite.
Enfim.
Tem essa menina, a Naomi, em 90210. Ela é tipo a Blair. A versão feia da Blair. E loira. E escrota, também. Porque a Blair, apesar de escrota, tem sentimentos. Essa Naomi tem só dinheiro.
Deve ser uma merda ter só dinheiro. Porque, geralmente, quando você tem dinheiro, você convive com pessoas que tem dinheiro e daí você é só mais um idiota com dinheiro no meio de um monte de idiotas com dinheiro. Yupi! E eu sei que eu só digo isso porque eu não tenho tanto dinheiro. Mas... screw it.
Eu não ligo pra grana. Não ligo mesmo. Uso meu salário pra comprar os livros que eu gosto e os pães de mel que tanto me engordam e é isso aí.
Gosto muito de ter dinheiro pra comprar tudo o que eu quero, gosto mesmo. Mas vivo bem com meu salariozinho medíocre, obrigada por perguntar. Não acho que precisemos de algo mais.
E essas menininhas de 90210 se preocupam tanto com isso que fico imaginando: tudo isso tem a ver com o meio. O meio onde você tá sempre vai te influenciar, independentemente de quão forte e fixado é teu caráter.
E eu fui influenciada por alguém incrível por alguns anos. Incrível.
E aí ele sumiu, não tá mais aqui pra me influenciar. E parece que a gente fica meio sem rumo. O meio mudou. Mudou pra mim. Porque o meio em si sempre esteve lá.
Eu só nunca me importei.
Agora tenho que me importar.
Porque, apesar de há quase um ano estar sem saber o que fazer, tenho feito muito. Tô há quase um ano sem saber como viver, mas vivendo. Levando. Encarando. Sem saber pra onde ir, mas seguindo sempre em frente.
E morrendo de medo de virar uma Alice, sem o país das maravilhas. Que quer sair, mas não sabe pra onde vai depois disso. Pra quem não sabe pra onde vai, qualquer caminho é caminho.
E eu sempre soube pra onde ir. E ando meio perdida, sem rumo.
Isso é horrível.
Quem foi que disse que ostra feliz não faz pérola?
Eu, quando feliz, faço muito mais pérola do que quando triste. Eu triste me isolo. Meu meio vira eu. E quando eu me perco no meu meio isso vira um problema.
Porque eu me perco em mim e URGH, I'm a mess. Só escrevo bobagens, meus rabiscos são cruéis.
Caio diria: "E ler, ler é alimento de quem escreve. Várias vezes você me disse que não conseguia mais ler. Que não gostava mais de ler. Se não gostar de ler, como vai gostar de escrever? Ou escreva então para destruir o texto, mas alimente-se. Fartamente. Depois vomite. Pra mim, e isso pode ser muito pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta. E eu acho — e posso estar enganado — que é isso que você não tá conseguindo fazer. Como é que é? Vai ficar com essa náusea seca a vida toda? E não fique esperando que alguém faça isso por você. Ocê sabe, na hora do porre brabo, não há nenhum dedo alheio disposto a entrar na garganta da gente."
Isso é tudo. Boa noite.