90210, tristeza, falta de inspiração
6:12 PMEntão, como Criminal Minds tava me cagando as ideias e me deixando um pouco paranóica [a ponto de não conseguir dormir achando que um serial killer que matava só pessoas do segundo andar da casa que estivessem dormindo durante a noite], mudei de série. Agora tô vendo uma mais light. 90210. Se você não sabe e nunca ouviu falar, existem duas edições da 90210: a antiga, com a família Walsh, que tem uma definição péssima e umas intrigas bobinhas; e a versão dos anos 2000 que é tipo Gossip Girl, um pouco menos estúpido e... Pretty Little Liars. Hahahaha.
Enfim.
Tem essa menina, a Naomi, em 90210. Ela é tipo a Blair. A versão feia da Blair. E loira. E escrota, também. Porque a Blair, apesar de escrota, tem sentimentos. Essa Naomi tem só dinheiro.
Deve ser uma merda ter só dinheiro. Porque, geralmente, quando você tem dinheiro, você convive com pessoas que tem dinheiro e daí você é só mais um idiota com dinheiro no meio de um monte de idiotas com dinheiro. Yupi! E eu sei que eu só digo isso porque eu não tenho tanto dinheiro. Mas... screw it.
Eu não ligo pra grana. Não ligo mesmo. Uso meu salário pra comprar os livros que eu gosto e os pães de mel que tanto me engordam e é isso aí.
Gosto muito de ter dinheiro pra comprar tudo o que eu quero, gosto mesmo. Mas vivo bem com meu salariozinho medíocre, obrigada por perguntar. Não acho que precisemos de algo mais.
E essas menininhas de 90210 se preocupam tanto com isso que fico imaginando: tudo isso tem a ver com o meio. O meio onde você tá sempre vai te influenciar, independentemente de quão forte e fixado é teu caráter.
E eu fui influenciada por alguém incrível por alguns anos. Incrível.
E aí ele sumiu, não tá mais aqui pra me influenciar. E parece que a gente fica meio sem rumo. O meio mudou. Mudou pra mim. Porque o meio em si sempre esteve lá.
Eu só nunca me importei.
Agora tenho que me importar.
Porque, apesar de há quase um ano estar sem saber o que fazer, tenho feito muito. Tô há quase um ano sem saber como viver, mas vivendo. Levando. Encarando. Sem saber pra onde ir, mas seguindo sempre em frente.
E morrendo de medo de virar uma Alice, sem o país das maravilhas. Que quer sair, mas não sabe pra onde vai depois disso. Pra quem não sabe pra onde vai, qualquer caminho é caminho.
E eu sempre soube pra onde ir. E ando meio perdida, sem rumo.
Isso é horrível.
Quem foi que disse que ostra feliz não faz pérola?
Eu, quando feliz, faço muito mais pérola do que quando triste. Eu triste me isolo. Meu meio vira eu. E quando eu me perco no meu meio isso vira um problema.
Porque eu me perco em mim e URGH, I'm a mess. Só escrevo bobagens, meus rabiscos são cruéis.
Caio diria:
"E ler, ler é alimento de quem escreve. Várias vezes você me disse que não conseguia
mais ler. Que não gostava mais de ler. Se não gostar de ler, como vai gostar de
escrever? Ou escreva então para destruir o texto, mas alimente-se. Fartamente. Depois
vomite. Pra mim, e isso pode ser muito pessoal, escrever é enfiar um dedo na garganta.
Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor.
Mas o momento decisivo é o dedo na garganta. E eu acho — e posso estar enganado
— que é isso que você não tá conseguindo fazer. Como é que é? Vai ficar com
essa náusea seca a vida toda? E não fique esperando que alguém faça isso por você.
Ocê sabe, na hora do porre brabo, não há nenhum dedo alheio disposto a entrar na
garganta da gente."
Isso é tudo. Boa noite.
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