se apagar, se apegar
5:38 AMExistem dias nos quais acredito que serão inteiramente positivos e cheios de coisas boas a serem contadas em meio a algum café com alguém - quem sabe quem - e que iniciam-se com músicas gostosas, como a voz boêmia, rouca e bêbada de Vinicius repetindo que sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão, mas esses dias também começam com o planejamento de que serão cheios de progresso e terminarão com uma noite tranquila de sono para que o próximo dia seja bom como o planejado deveria ser; e acaba que o dia é sempre uma merda terminada por uma noite arrastada e acordada com a companhia de uma luz acesa que não inibe a escuridão e que, por fim, rende uma história triste contada em um café junto a uma folha de papel que sempre acaba manchada pela minha embriaguez por cafeína, essa maldita que não perdoa os poréns de um dia que foi planejado pra ser bom e finda sempre tão ruim - no máximo, mais ou menos, como os dias em que posso ter tesão pelas palavras de Caio de Abreu (única coisa que tem me dado tesão de viver) ou qualquer coisa acabada, morta e inanimada como Caio - e perdão.
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