se olhar pelo ângulo certo, por uns segundos, você consegue pensar que eu não tô uns quinze quilos acima do que a barriga negativa manda. se fizer vista grossa pras manchas do roacutan, acredita que minha pele é lisa, normal e tem um tom uniforme. se estiver meio alcoolizado e disposto às piadas, aceita que eu até que tenho um quadril ok. se prestar bem atenção no que te digo, aceita que sou bem bonitinha. e é isso.
quando eu rio, meu nariz franze de um jeito bizarro e eu simplesmente não consigo evitar - nem tento! - ficar parecendo os vilões que dão risadas maquiavélicas em filme. eu rio alto pra caralho. não consigo evitar o contato visual direto com as pessoas. não consigo evitar de olhá-las nos olhos. e geralmente fico vesguíssima.
meu cabelo é esquisito: já alisei, já cortei chanel, já usei joãozinho, já deixei cacheado e curto, cacheado médio e agora tá um cacheado loucão. cada dia acorda de um jeito. boa parte das pessoas me olha com cara de: miga, passa uma chapinha aí.
cago pra elas, mas olham.
e tem dias que a gente não tá preparado pro olhar.
valorizo os outros pelo o quê são e eu queria que também me julgassem por isso: pelo que penso, pelo que gosto, pelo que ouço, pelo que faço, pelo que opto, pela minha forma de agir. mas nem sempre. a gente não tem como saber isso logo de cara. logo de cara a gente vê olho, boca, nariz, braço, perna, peito, bunda.
e quando você está fora dos padrões, isso tudo vem com uma etiqueta estampada: erro de fabricação.
na maior parte dos dias, não me importo. até porque tô fora dos padrões pra muita coisa. não sei o que é passar uma maquiagem pesada faz séculos (virei o ano novo de cara lavada), meu limite de vaidade diária é o batom vermelho quando dá vontade. detesto pentear o cabelo (qualquer um com cachos tem ciência da inutilidade), detesto usar salto, detesto usar coisa que me aperta e restringe: dizem que é porque sou de sagitário.
tô acostumada a sentar no chão, beber na garrafa e comer qualquer coisa. menos beterraba. odeio beterraba.
e quando você odeia beterraba, senta no chão e não bebe no copo de vidro, sendo meio não-magra, meio sem maquiagem, meio estranha, meio um monte de coisa, as pessoas te olham estranho.
e tem dias que a gente não tá preparado pro olhar.
apesar de serem raros, esses dias enchem a porra do saco. e geram uma vontade louca de entrar numa bolha.
e ficar.
(mas hoje, tô me sentindo gata. de cara lavada e roupa de verão no outono. e foda-se!)
quando eu rio, meu nariz franze de um jeito bizarro e eu simplesmente não consigo evitar - nem tento! - ficar parecendo os vilões que dão risadas maquiavélicas em filme. eu rio alto pra caralho. não consigo evitar o contato visual direto com as pessoas. não consigo evitar de olhá-las nos olhos. e geralmente fico vesguíssima.
meu cabelo é esquisito: já alisei, já cortei chanel, já usei joãozinho, já deixei cacheado e curto, cacheado médio e agora tá um cacheado loucão. cada dia acorda de um jeito. boa parte das pessoas me olha com cara de: miga, passa uma chapinha aí.
cago pra elas, mas olham.
e tem dias que a gente não tá preparado pro olhar.
valorizo os outros pelo o quê são e eu queria que também me julgassem por isso: pelo que penso, pelo que gosto, pelo que ouço, pelo que faço, pelo que opto, pela minha forma de agir. mas nem sempre. a gente não tem como saber isso logo de cara. logo de cara a gente vê olho, boca, nariz, braço, perna, peito, bunda.
e quando você está fora dos padrões, isso tudo vem com uma etiqueta estampada: erro de fabricação.
na maior parte dos dias, não me importo. até porque tô fora dos padrões pra muita coisa. não sei o que é passar uma maquiagem pesada faz séculos (virei o ano novo de cara lavada), meu limite de vaidade diária é o batom vermelho quando dá vontade. detesto pentear o cabelo (qualquer um com cachos tem ciência da inutilidade), detesto usar salto, detesto usar coisa que me aperta e restringe: dizem que é porque sou de sagitário.
tô acostumada a sentar no chão, beber na garrafa e comer qualquer coisa. menos beterraba. odeio beterraba.
e quando você odeia beterraba, senta no chão e não bebe no copo de vidro, sendo meio não-magra, meio sem maquiagem, meio estranha, meio um monte de coisa, as pessoas te olham estranho.
e tem dias que a gente não tá preparado pro olhar.
apesar de serem raros, esses dias enchem a porra do saco. e geram uma vontade louca de entrar numa bolha.
e ficar.
(mas hoje, tô me sentindo gata. de cara lavada e roupa de verão no outono. e foda-se!)