cheers
6:46 AMesse final de semana dividi cerveja com uma família que abriu assunto na roda dizendo: acho que o Jean Wyllys precisava morrer. ele, a Dilma, a Luciana Genro e o Lula.
respirei fundo, pedi um brinde às diferenças.
levaram na brincadeira, continuaram com o discurso: o Bolsonaro tá certíssimo. onde já se viu, mulher ganhar o mesmo que eu e ficar seis meses fora porque tá grávida. que absurdo. ele é mito mesmo, tem meu voto em 2018.
a mulher da roda concorda.
respiro fundo.
mas colega, como a gente faz com aqueles vinte (quando poucos) quilos a mais? e as dores, contrações, mal estar? e os hormônios que ficam loucos? como focar na vida profissional desse jeito?
pede demissão, então. não quer ficar mal, não engravida.
até porque ela engravidou sozinha, né.
devia ter tomado pílula.
o cara devia ter usado camisinha.
incomoda.
a pílula dá mal estar.
mas impede que fique prenha.
a camisinha impede que você seja pai.
ah, mas pra ser pai é só comprar presente no aniversário e dar chocolate escondido da mãe, não tem problema.
uau. um brinde às diferenças, mesmo.
ah, vai dizer que você gosta dessa corja de ladrões?
não entra na questão. entra aqui que você tá protegendo um cara que diz que a sua mãe tinha que ganhar menos porque escolheu ter você.
minha mãe não trabalhava, meu pai não deixava.
e ela obedecia?
claro.
tá explicado.
respirei fundo mais uma vez, acabei com a lata numa golada só.
às vezes, na vida, pra manter o sorriso, a roda, a paciência, a sobriedade e conseguir aguentar os eventos até o final, precisamos, simplesmente, sorrir e brindar às diferenças.
e que diferença, caro leitor.
mais um brinde às diferenças.
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