Gosto de tirar o pijama todo dia quando eu acordo, só pra eu lembrar que um novo dia começou e que tudo o que aconteceu antes d'eu dormir passou. Gosto de fazer o café que tomo todos os dias de manhã, pro aroma que sai do coador ir me acordando aos poucos e me fazendo sorrir desde o início do dia. Gosto de tomar banho depois do café quente, pra água bater na nuca, escorrer até o calcanhar, se juntar a tudo o que é ruim e ir embora pelo ralo. Gosto de ler coisas boas, assistir coisas boas e ouvir coisas boas durante pelo menos uma hora todos os dias antes de começar a viver, pra poder encher a cabeça de bondade e amor antes de enfrentar todo o resto do mundo. Gosto de desejar um bom dia com toda a animação do mundo para quem passa por mim, pra lembrá-los de que, apesar do tempo, da cidade, do lugar, do emprego (essas desculpas que sempre usamos), o dia ainda pode ser bom. Gosto de aprender pelo menos uma coisa nova dos lugares mais inusitados todos os dias, pra lembrar que devo ouvir a todos e a tudo, absorvendo toda informação que posso. Gosto de dançar pelo menos uma vez ao dia, mesmo que dentro do quarto, pra lembrar que meu corpo expressa aquilo o que eu ouço, vejo e sou; e, por isso, devo ouvir, ver e ser coisas boas. Gosto de escrever no meu diário todos os dias, para que, ao relê-lo, eu encontre as decepções e as quedas, mas lembre-me dos momentos alegres que tive. Gosto de quando esses momentos bons são maioria. E, olha, ultimamente têm sido.
sacas só?
Tem uns dias que cê tá mei assim. Se vira do avesso tantas vezes que esquece qualé que é o lado certo. S'as?
Mas vê só:
Hoje 'cordei num daqueles dias em que teu coração pede por uma coisa super boa.
E acho que tive.
Decidi, hoje, agora, há menos de dez minutinhos - tempo de fazer um café - que preciso de algo na vida que me faça correr atrás.
Tava vendo House dia desses. Série escolhida pra passar o tempo - e pro tempo passar - e aí a Cameron diz que I miss doing whatever it takes to get the job done. E eu também sinto falta disso.
Já trabalhei como auxiliar administrativa interna de escritório, já fui vendedora interna deste mesmo ramo e também já fui lojista. E como vendedora (tanto interna quanto lojista) sempre precisei fazer qualquer coisa pra efetuar venda. Porque vendedor é assim. Cê se desentribilica pra mostrar pro cara que teu produto é o mais viável, melhor e com melhor preço, apesar de, por muitas vezes, não ser. Mas aí cê ouve, no fim do dia, que "puts, só vou comprar porque é com você, ein, porque vendedor de verdade tem que ser assim." e aí cê faz o que? Cê sorri, agradece e deseja uma boa sorte e uma vida inteira de sucesso.
E acho que essa satisfação linda de vender pra alguém é a mesma satisfação que se tem quando se rala até o nariz coçar pra botar a bagaça pra funcionar. Sacomé?
É bem isso que eu quero pra mim, cara. É isso. Eu quero ir atrás da Vida com unhas e dentes pra fazê-la funcionar e funcionar bem. Quero uma cabeça estável e um corre-corre lascado que me traga pra cama com o sentimento de the job is done and I made it fucking great.
E eu não vou dizer que tenho certeza que vou conseguir esse feeling através do jornalismo, ou através do direito. Creio eu que pelo jornalismo. Tenho um número absurdo de blogs que comprovam que eu não sei viver sem escrever. E não sei bem se gostaria tanto assim de escrever processos.
Mas algo me diz que serei uma jornalista excelente.
Não vou esperar pra ver.
Vou fazer pra ser.
Tem uns dias que cê tá mei assim. Se vira do avesso tantas vezes que esquece qualé que é o lado certo. S'as?
Mas vê só:
Hoje 'cordei num daqueles dias em que teu coração pede por uma coisa super boa.
E acho que tive.
Decidi, hoje, agora, há menos de dez minutinhos - tempo de fazer um café - que preciso de algo na vida que me faça correr atrás.
Tava vendo House dia desses. Série escolhida pra passar o tempo - e pro tempo passar - e aí a Cameron diz que I miss doing whatever it takes to get the job done. E eu também sinto falta disso.
Já trabalhei como auxiliar administrativa interna de escritório, já fui vendedora interna deste mesmo ramo e também já fui lojista. E como vendedora (tanto interna quanto lojista) sempre precisei fazer qualquer coisa pra efetuar venda. Porque vendedor é assim. Cê se desentribilica pra mostrar pro cara que teu produto é o mais viável, melhor e com melhor preço, apesar de, por muitas vezes, não ser. Mas aí cê ouve, no fim do dia, que "puts, só vou comprar porque é com você, ein, porque vendedor de verdade tem que ser assim." e aí cê faz o que? Cê sorri, agradece e deseja uma boa sorte e uma vida inteira de sucesso.
E acho que essa satisfação linda de vender pra alguém é a mesma satisfação que se tem quando se rala até o nariz coçar pra botar a bagaça pra funcionar. Sacomé?
É bem isso que eu quero pra mim, cara. É isso. Eu quero ir atrás da Vida com unhas e dentes pra fazê-la funcionar e funcionar bem. Quero uma cabeça estável e um corre-corre lascado que me traga pra cama com o sentimento de the job is done and I made it fucking great.
E eu não vou dizer que tenho certeza que vou conseguir esse feeling através do jornalismo, ou através do direito. Creio eu que pelo jornalismo. Tenho um número absurdo de blogs que comprovam que eu não sei viver sem escrever. E não sei bem se gostaria tanto assim de escrever processos.
Mas algo me diz que serei uma jornalista excelente.
Não vou esperar pra ver.
Vou fazer pra ser.
